Uma sossegada semana em Cancun
É bom acordar cedo, abrir as cortinas e deparar com o azul do mar caribenho (foto maior) lhe dando bom dia. Sair à sacada, encher os pulmões com ar puro e tomar o elevador rumo a um desjejum, escolhido em imensos bufês. Passar pelas piscinas e se esticar por ali, ou descer à areia branquinha da praia, com toda a estrutura desejável: tem serviço de bar, barracas (foto 2) das quais pendem imaculados véus brancos à guisa de cortinados, protegendo do sol as confortáveis espreguiçadeiras estofadas que aguardam os hóspedes.
Mais tarde, até 17h ou 18h, ainda se pode chegar a um dos restaurantes do resort e fartar-se com as dezenas de travessas que compõem os bufês frios, quentes e de sobremesas. Um ensaio para o jantar, quando as opções aumentam: também passam a operar um grill, um japonês e, claro, um especialista em culinária mexicana, todos a la carte. Caso ainda sinta fome em horários menos usuais, resta um pequeno self-service de frutas, saladas, sanduíches quentes, chilli, cafés e sucos, aberto em regime de 24 horas. Sem citar o bar do lobby, onde há shows e festivais culinários – uma noite era com lagostas, outra oferecia comida mexicana, dia 31 de dezembro havia uma banda, danças, muita tequilla e aparatosos coquetéis.
Esse é o “tudo incluído” – inclusive bebidas – do Real Gran Caribe, um dos muitos resorts cinco estrelas de Cancun. Afora o desorganizado check in, que me proporcionou um atendimento desastroso, todos os funcionários foram sorridentes e prestimosos, ao estilo mexicano, o “ahorita!” – às vezes algum garçom demora um pouco, mas o pedido sempre chega. E os apartamentos são modernos, bem equipados, impecavelmente limpos.
É possível comer bem ou apenas comer muito em um sistema desses? Como em todos os bufês ou rodízios do mundo, as escolhas do comensal é que definirão a que nível chegará sua refeição. Há quem ache um sucesso o balcão em que cada um monta seu sorvete, cobre com caldas, um monte de coisinhas coloridas e sai feliz da vida, desprezando irresistíveis tortas e doces, na outra ponta.
Os frutos do mar geralmente são as estrelas, como parte das entradas frias (na foto 3, saladas de mariscos à direita, de cactos marinados à esquerda) ou entre os pratos principais, sempre rigorosamente identificados. Carnes grelhadas ou em outras preparações, acompanhamentos, tudo é variado a cada refeição. Para relaxar é ótimo, ninguém precisa sair do hotel. Mas se o negócio for a balada, bem, isso não falta em Cancun – restaurantes e danceterias se espalham ao longo da faixa de sete quilômetros de praia, onde tudo acontece.
Como ocorre habitualmente, este jornalista viajou a convite de si mesmo.
