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O DNA de uma cerveja

Tudo começou com a bonita e bem organizada carta de cervejas da Churrascaria Komka, que incluiu no capítulo das catarinenses um rótulo que nascera no Rio Grande. Leitores escreveram ao colunista protestando, seu questionamento foi repassado à assessoria de imprensa da churrascaria e esta, na semana passada, esclareceu que “a carta está correta, essa cerveja é produzida em Santa Catarina desde 2010”.

A publicação desse esclarecimento gerou um pedido de retificação partido do dono da cervejaria, alegando que ela foi fundada em Porto Alegre em 2004, cidade na qual mantém sua sede e uma choperia e “reafirmando sua posição como uma empresa gaúcha”. Micael Eckert também explica que “em novembro de 2010 a Cerveja Coruja estabeleceu uma parceria com a Cervejaria Santa Catarina, localizada em Forquilhinha, passando três cervejas pasteurizadas a integrar o portfólio da empresa, o que lhe possibilitou atender aos mercados de Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.”

Cientificada desse desmentido, a Komka apressou-se a ouvir seu consultor para a elaboração da carta, o sommelier de cervejas Herbert Schumacher: “Meu amigo Micael Eckert tem razão, sua empresa tem sede no Rio Grande do Sul. No entanto, estamos falando aqui de uma carta de cervejas e não de uma carta de empresas. Levando em consideração que mais de 90% da composição de uma cerveja é a água que, no caso da Coruja é extraída em Santa Catarina, que nas garrafas está escrito que a cerveja é produzida naquele estado, mudar a carta serviria apenas para confundir os clientes.”

Em resumo: a Komka vai deixar sua carta como está, a cervejaria segue com sua sede administrativa em Porto Alegre e eu encerro o assunto dizendo que a mim, antes da procedência, interessa é a qualidade do produto. Claro que se for gaúcho será visto com mais simpatia – e só.

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