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Inter: que transformação!

Domingo, de novo, deu gosto ver o Inter jogar. Assimilou a pressão do Cruzeiro, atacou com ímpeto, demonstrou que não é acaso ser o segundo no Brasileirão. Quase seis meses após os 3 a 0 que levou no Grenal do Gauchão, quem diria que Odair Hellmann pudesse organizar um time competitivo, contando com os modestos reforços que diligentemente a direção pinçou no mercado? A defesa, com Rodrigo Dourado a protegendo, ostenta a invejável média de 0,54 gol por partida! Amanhã, como favorito, o Colorado pega o Flamengo e pode sair da rodada como líder isolado.

A volta dos centroavantes

Embora tenha convertido seu segundo pênalti seguido e demonstrado ânimo em alta, André foi discreto. Jael, não: simpático ao torcedor pela luta constante, desta vez sobressaiu-se pela técnica: aquela matada no peito, no ar, já girando o corpo para tirar o marcador e fazer a bola cair no pé certo para fazer o gol foi digna de… Bem, deixemos assim por enquanto, trata-se de um atacante que precisa vencer desconfianças – inclusive minhas – a cada jogo. A cavadinha no pênalti e o chute no travessão completaram a tarde de Jael. E do Grêmio – sapecar quatro no Botafogo não é pouca coisa.

Os que não souberam crescer

Cheguei a acompanhar a época em que o Botafogo era o único a rivalizar com o Santos de Pelé. Nem um nem outro soube solidificar-se como um clube à altura dos muitos craques que ambos possuíam. O Santos só tem o mesmo estadinho da Vila Belmiro, o Botafogo joga no Engenhão arrendado, nos elencos não restam craques para repassar aos europeus, a situação financeira é assustadora para os dois. E as torcidas? Nos anos 1960 ao Bota era fácil colocar 100 mil pessoas no Maracanã; este ano chegou a jogar para 1.744 pagantes pelo Carioca, o Santos para 3.816 no Paulistão.

A seleção joga, sabia?

Sim, por menor entusiasmo que desperte, sexta-feira tem jogo da seleção. Não é que eu considere apenas pouco atraente ver um amistoso contra os Estados Unidos – dia 11 a brincadeira será pior, com El Salvador, imagine só. Na verdade, são jogos absolutamente inoportunos para um futebol em que os campeonatos não param, diferentemente das ligas europeias. Aqui há times disputando simultaneamente Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão, tendo que ceder jogadores importantes para amistosos em que se poderiam chamar somente os atletas do Exterior.

Pitacos

*** Marcelo Lomba fez duas grandes defesas contra o Cruzeiro. O ponto ganho passa por ele.

*** O ex-colorado Alisson, hoje no Liverpool, falhou grosseiramente e cedeu um gol ao Leicester. Pela fortuna que custou, teria de passar uns três anos sem errar nada.

*** A propósito: goleiro algum vale tanto dinheiro, nem mesmo o grande Courtois.

*** Que crime o Juventude tomar o gol de empate aos 49 minutos do segundo tempo. Mas para quem não marcava há seis jogos, fazer três gols contra o Paysandu é um progresso.

*** Um empate hoje no Maranhão seria pouco. O Xavante começa a entrar na fase do desespero, ancorado na Z-4.

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