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E a carta de azeites?

Faz tempo, creio que uns dois ou três anos, sugeri nesta página querestaurantes disponibilizassem suas cartas de azeites. É, assim como ocliente pode escolher vinhos ou cervejas, teria a faculdade de eleger oazeite que estaria à sua mesa – português, espanhol, grego, italiano, daorigem e marca que preferisse, com maior ou menor percentual de acidez.Enfim: que se desse aos gourmets o direito a escolher. A ideia passou batida, não soube sequer de umestabelecimento em Porto Alegre que atendesse a sugestão do colunista.

Agora, acho que ela pode vingar: contaram-me que na novela das 21h na Globo, um elegante restaurateur –personagem importante na tramareuniu sua equipe para discutirem a nova carta de azeites que acabara demontar. Nem peço tanto requinte, bastaria oferecer uma dezena de opções bem variadas e estabelecer um preçojusto pela utilização. Ou, mais simpático, não cobrar nada diretamente, nem que fosse dos que acolhessemindicação da própria carta e aceitassem o azeite normalmente disponível.

Quer conhecer o oposto de tudo isso? exatamente um ano, o colunista descia de San Francisco para Los Angeles, decidido a tomar o caminho mais longo – a CA-1, estradinha litorânea que oferece panoramas deslumbrantes. A escala para almoço foi em um restaurante do píer de Monterey, com vista para a linda baía. Quando veio a salada que antecedia os pescados, pedi azeite. A garçonete custou a entender (“olive oil?”), hesitou, mas acabou voltando da cozinha com uma pequena tigela de sobremesa. Dentro, um pouco do óleo usado parafrituras e uma colher, dessas de chá.

Ah, uma carta de azeites…

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