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Cerveja tem terroir?

Pensei em encerrar o assunto, mas recebi opiniões que desejo dividir com os demais leitores. De Jorge Henrique Gitzler, defendendo que “uma carta de cervejas deve primeiramente separar os estilos e características, sendo secundário o local de sua fabricação”. Ele exemplifica com o Ratskeller, “restaurante que em sua carta separa os estilos e apenas cita o local de fabricação”.
Desde Forquilhinha (SC), onde se encarregam de produzir a nova weizen Noctua para sua Cervejaria Coruja – que, frisam, continua porto-alegrense –, Micael e Rafael argumentam: “Diferentemente do vinho, não há necessariamente um terroir em função da água; na cerveja, os maiores diferenciais se dão por meio dos sabores extraídos dos maltes, lúpulos, fermentos e a infinita combinação entre eles”. Eles deixam várias perguntas, que encerram interessantes informações.
Eis algumas: “A Heineken produz seu barril de cinco litros na Holanda, a garrafa de 300ml é feita no Brasil – isso a torna brasileira? A Stela Artois é da Holanda mas a garrafa de 295ml é produzida no Brasil e a de um litro na Argentina – ela deixa de ser holandesa? A Eisenbahn nasceu em Santa Catarina, parte de sua produção hoje ocorre em São Paulo – ela é paulista ou segue catarinense?”
Como escrevi há duas semanas, antes da procedência de qualquer cerveja, a mim interessa sua qualidade.
Dois bares da boêmia Rua João Alfredo, em Porto Alegre, passam a servir a Devassa Bem Loura: Nega Frida e Preto Zé. Somente rótulos da Schincariol estão na carta de bebidas de ambos – Devassa, Nova Schin, Baden Baden e Eisenbahn.

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