Um certo filé de robalo
Não pensava em voltar tão rapidamente ao restaurante. Mas quando almocei lá – e muito bem, por preço razoável – deixei passar o filé de robalo que havia no cardápio, uma raridade em Porto Alegre. Na sexta-feira passada, com nosso Pedro em uma festa infantil, descobrimos a Rua Padre Chagas, que a noite gélida se encarregou de manter deserta. Fomos encontrar refúgio no civilizado ambiente do Orquestra de Panelas.
Lareira acesa, apenas outro casal no salão, ao examinar o menu hesitei ante as tentações do tal robalo e de um folhado de harumaki (fina massa de arroz), preenchido por lâminas confitadas de bacalhau e de cebola, coulis de pimentão, tapenade e mix de verdes (R$ 75,00). Enquanto se dirimiam as dúvidas, pedimos pastéis de siri, deliciosos, irrecusáveis (meia dúzia, R$ 35,00).
Então, ficamos assim: fui de bacalhau, um prato criativo, sim, embora o peixe mal seja perceptível na composição e entre tantas folhas verdes (foto acima). Andréia ficou com o filé de robalo, mas na preparação que o menu sugere para o de congro – molho cremoso com vermute e alcaparras, guarnecido por purê de couve-flor e aspargos grelhados –, uma preciosidade que a foto abaixo retrata (R$ 70,00).
Um farto cálice do espumante brut argentino Nocturno (R$ 26,00) e mineral aqui para o motorista acompanharam o jantar.
Orquestra de Panelas – Reservas: 3519-1168.