Um cardápio (muito) pessoal
Feijoada em casa é comigo mesmo. Depende do recebimento de uma reserva especial de feijão vermelho, meu preferido (um pouco à frente do branco) desde que conheci New Orleans, há uns 30 anos. Uso apenas o que me trazem diretamente do produtor, do litoral gaúcho, novinho, escolhido, basta cozinhar um pouco. Tempero cada um tem o seu, o importante é o critério na escolha de carnes e guarnições.
A couve desfiada, bem verdinha, é essencial. Um ovo caipira deve ser frito na hora e repousar sobre cada porção de arroz branco. Aí vêm as carnes, que gosto de chamar de pertences da feijoada. Não curto os miúdos, mas costelinhas de porco defumadas, essas definitivamente fazem minha cabeça. Só exijo que tenham muita carne e pouca gordura. Linguiça pura de porco, defumada, integra minha modesta relação de ingredientes, completada por farofa, úmida, levemente tostada na manteiga Aviação, e meia laranja descascada.
O resultado está na primeira foto.
Sobremesa? Bem, torta de mil folhas recheada com doce de leite não é exatamente minha preferência, sou mais a de mil folhas com creme. Mas como o aniversário não era meu, ela foi uma das estrelas da festa lá em casa. Encomendada no reino de Diego Andino (Rua Arthur Rocha) custou R$ 180,00 – alegadamente com 12 fatias, mas rende muito mais. Observe na imagem o cuidado na decoração da torta, uma obra de arte.