Sopas e cremes versus o inverno gaúcho
Há quem persista, enfrentando baixas temperaturas com saladinhas e outras entradas frias. Mas os protestos deste colunista, aqui registrados desde o início deste século, a vontade dos clientes e o bom senso dos proprietários levaram uma boa variedade de sopas, cremes e consommés aos menus e bufês dos restaurantes, adequados ao inverno gaúcho. Nos Riversides, por exemplo, são servidos, em dias alternados, cremes de aspargos, mandioquinha, ervilhas frescas e cogumelos, entre outros. O Outback tem sua Walkabout Soup – a sopa do dia –, que pode ser de batata com bacon, de cebola com mix de queijos derretidos (R$ 9,50 e R$ 11,00), acompanhadas pelo pão característico dos ranchos australianos.
Isso é uma amostra, mas a força dos apreciadores de sopas e afins foi além em Porto Alegre. Afora alguns recalcitrantes, que se valem de argumentos capengas – a necessária aquisição de louças e colheres de específicas é um dos mais ridículos – quase não há bons restaurantes que se furtem a incluir essas oportunas entradas quentes em seus menus. O Brasil é um país tropical, certo, mas o Rio Grande e seu clima especialíssimo requerem inteligência e criatividade para transitar em faixa própria – em seu cotidiano e na sua gastronomia.
Ah, a foto que ilustra esse texto é do Josephine Bistrô, de São Paulo. O frio lá nem é tanto, mas eles acham que não precisa estar nevando para apreciar uma sopa de queijos servida no pão italiano. Eles estão certos, ela,extremamente apetitosa.