Seleção: para começar, a Argentina
O Brasil pode vencer a desfalcada Argentina em Núñez, dar a Dunga um presente de Natal e talvez o passaporte para 2016. Qual o caminho? Bem, um grande trunfo será o retorno de Neymar, sequioso por vestir a amarelinha outra vez. Poderia ter outro: valer-se do entrosamento dos quatro corintianos convocados e colocá-los desde o início em campo, o que somaria solidez à defesa (Cássio e Gil), criatividade ao meio-campo com Elias e Renato Augusto. Mais Lucas Lima, William, Neymar e Ricardo Oliveira lá na frente, não seria base para um bom time?
Barulho ensurdecedor
De tanto que se fala em Tite – aliás, merecidamente – parece que ele está prestes a assumir a seleção. Alto lá: se o time de Dunga for bem contra a Argentina e derrotar o Peru, quem terá coragem e motivos para mudar o comando? Não seria Del Nero, acuado pelo chorume que verte da CBF. Claro, resultados opostos aos desejáveis podem precipitar uma demissão, que talvez arregimente apoio popular e transmita coragem ao presidente da malcheirosa entidade. O perigo é a precipitação: faltam muitos jogos pelas eliminatórias, a comissão técnica ainda pode acertar.
Goleiros de Dunga
Desta vez ninguém pediu minha opinião, mas este especialista confessa preocupação com os goleiros de Dunga. Alisson não mostrou segurança contra a Ponte Preta, em pelo menos dois lances. Jefferson espalmou uma bola para o meio da área e levou o gol que adiou a festa do Botafogo na série B. Cássio não falhou, mas o melhor goleiro da rodada foi Danilo Fernandes, um de seus três ex-reservas, dispensados (com Júlio César e Renan) pelo Corinthians. Vitor e Grohe foram bem, mas como não estão convocados será mesmo a vez de Cássio ter uma chance.