Restaurantes e manobristas
O ocorrido no Riversides Shikki Madero, no bairro Tristeza, é daqueles fatos perfeitamente previsíveis.Carros demais, manobristas capacitados de menos, cria-se uma relação insidiosa, com riscos aos clientesque, forçosamente, têm de entregar as chaves para ingressarem no restaurante. Como nesse caso oestacionamento é no mesmo terreno, não se poderia supor que, enquanto o proprietário almoçavasossegadamente, seu Mercedes fosse destruído, distante dali, após colidir fortemente contra outro carro e odeque de uma pizzaria, tendo a bordo dois pseudomanobristas do próprio Riversides. Nesse caso, aresponsabilidade foi plenamente assumida, mas os dois “manobristas” certamente logo reaparecerão emoutra zona da cidade.
Querem um palpite? Em Moinhos de Vento, o bairro sem fiscalização de trânsito. É comum presenciar acena: dois ou três flanelinhas usando quepes, sob um guarda sol, debruçados em um balcãozinho demadeira, com algumas garatujas pintadas anunciando estacionamento. Até aí, mereceria somenteuma análise pela Smic. Inacreditável é que motoristas entreguem seus carros a essas pessoas, semsaberem se estão habilitadas, nem onde ou como os irão estacionar.
Bem, sobre esta parte deponho eu, porque já vi muitas vezes: eles dobram a primeira esquina em velocidaderazoável e, a partir daí, pisam fundo no acelerador até acharem uma vaga, seja onde for. Pode ser em localproibido, ou sobre calçadas, ou contornando o meio-fio nas esquinas, não importa: interessa é largar o carroe correr de volta para buscar outro. EPTC? Nem sinal, nem de dia nem de noite. Bastaria passar pelo bairro, a qualquer hora, com uma equipe de fiscais e alguns guinchos, para coibir os abusos maiores.
O que os motoristas parecem não saber é que, no momento em que entregam a chave a flanelinhas,assumem a responsabilidade por tudo o que acontecer, desde multas, colisões, até um atropelamento. E se o carro for roubado, vai reclamar a quem?
Vá-se almoçar ou jantar sossegado com um barulho desses…