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Para os que viajam com crianças

Para os que viajam com crianças

Se um casal consegue aproveitar uma viagem com um filho de três anos? Claro que sim, mesmo sem levar junto babá, avó ou providenciar uma baby-sitter no hotel. Haverá limitações – musicais da Broadway e vida noturna, melhor esquecer. Mas as compensações afetivas serão imensas e asseguro a quem, como o colunista, já esteve várias vezes nas cidades visitadas, que as verá por outros ângulos, com novos e diversificados interesses.

Os do seu filhinho, claro. Nos voos e viagens de trem, um DVD portátil é tudo de bom. Na Flórida, um pouco de praia, compras em revezamento, muito de Orlando porque o Mickey e sua turma ainda exercem incrível fascínio sobre as crianças de todo o mundo. Em Nova York há que ser bom motorista de carrinho para transitar até mesmo pelas alamedas do Central Park, tamanha a multidão de turistas que ocupa os lugares públicos no verão. Mas tudo é prazer, até almoçar em um restaurante chinês de Chinatown, onde o garoto encarou sozinho esse prato de massa com legumes e camarões.

Restaurantes elegantes ou da moda, esses não têm vez na programação. Arriscamos um italiano sem luxo algum próximo à Amsterdam Avenue (Manhattan), pagamos caro por uma comida medíocre, todo o tempo preocupados em evitar alaridos infantis que perturbassem os outros comensais. Não dá. Mesinhas na calçada – outro dia divulgo fotos de como os comerciantes de lá respeitam os pedestres e a prefeitura – são uma boa saída. Crianças ficam mais à vontade, os carros se encarregam de fazer barulho e uma noite conseguimos comer bonitos camarões grelhados, em um ponto mais sossegado da Broadway Avenue (com a W56th), um bistrô que não fecha nunca.

O mais adequado ainda é apelar aos restaurantes de redes conhecidas. Eles jamais serão brilhantes, apenas infalíveis: a padronização, odiosa para uns, é a garantia de que em plena Quinta Avenida se vai comer um steak exatamente como o que foi servido à beira de uma estrada qualquer: esse é um combinado de dois steaks, barbecue ribs, purê e brócolis que mandei ver no Tony Roma’s, mas escrevi pensando no Friday’s.

Nesse estilo de restaurante as crianças são bem-vindas para o almoço – em nosso caso, no mais das vezes o jantar era produzido em casa, digo, no hotel, a partir do que havia de mais fascinante no supermercado ou na deli, como eles dizem.

Assim deu para tocar a vida, circulando por 20 dias entre a Flórida, Nova York e – rapidamente – Washington, sem nos separarmos um minuto do Pedro, nosso afável e sossegado parceiro, em sua sexta incursão internacional, a primeira sem uso de fraldas.

Como de hábito, o colunista viajou a convite de si mesmo.

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