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Padre Chagas rumo à decadência

Padre Chagas rumo à decadência

PARIS 6

Como aqui se previu, nem tudo foi bagunça: em vários bairros, bares e cervejarias artesanais e até um shopping promoveram festas divertidas e bem organizadas no Saint Patrick’s Day. A desordem ocorreu mesmo no pequeno Moinhos de Vento e, desta vez, por responsabilidade de alguns comerciantes, especialmente da Rua Padre Chagas. A Brigada Militar e a EPTC conseguiram controlar a situação apenas até 18h.

A partir daí, foi um caos: não havia camelôs, mas cafés, bares e botecos da rua os substituíram: vendiam cerveja e chope nas calçadas, em latas ou copinhos plásticos, sem direito a mesa, cadeira nem banheiro. O público se amontoava na rua, impedia o trânsito, utilizava jardins e entradas de garagens como mictórios, como se via – e pelo ar irrespirável se constatava ainda na manhã de domingo –, na Luciana de Abreu e outras ruas do entorno.

As queixas não vêm apenas de quem reside nas proximidades. Bons comerciantes foram prejudicados, restaurante algum operou normalmente na noite de sábado na região. À medida que a noite avançava, beberrões alterados puxavam brigas, a maior delas bem na esquina das ruas Padre Chagas e Luciana de Abreu, exigindo ação enérgica do Batalhão de Operações Especiais da Brigada – essa eu não vi, me contaram.

Não sei o que a Prefeitura ganha com bares que vendem cerveja na calçada, para ser consumida no meio da rua. Só sei que ela fica sem moral para fiscalizar ambulantes e camelôs no Centro, por exemplo. E claro, para cobrar IPTU em um bairro que sua inércia ajuda a degradar.

Coincidência ou não, no dia seguinte à baderna o Applebee’s da Rua Fernando Gomes fechou as portas – mantém-se apenas no BarraShopping. Outros irão desistir, raros empreendimentos sérios aguentam uma enxurrada de – digamos – consumidores desse nível.

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