Os vinhos emergentes de 2020
São opiniões, nada mais, mas abalizadas por anos de experiência com importação de vinhos. Vem de Alykhan Karim (foto), CEO da Sonoma e tanto as julguei interessantes que estão nesta página. Enquanto a queda de braço entre Estados Unidos e China perdura – e influencia também o mercado do vinho –, produtores de menos fama e tradição aproveitam para ganhar espaço no cenário mundial.
É por aí que vai Karim, apontando curiosidades como estas: nos últimos dois anos, 40 vinícolas foram inauguradas na…Dinamarca! Já os espumantes ingleses, produzidos principalmente em South Downs, Kent e Sussex aproveitam que o calor está impactando a região de Champagne, enquanto a temperatura na Inglaterra anda mais amena. Além do que seus solos, no Sul, à base de cascalho e calcário, se assemelham ao de Champagne e Chablis…
E quanto à primeira nação a produzir vinho, há cerca de oito mil anos? Pois a Geórgia está na moda. Em Kakheti, é cultivada boa parte das 400 variedades uvas nativas do país. Brancos aromáticos macerados, que passam por longos períodos com a própria casca, resultam em mais corpo e na cor laranja. Depois repousam em ânforas de terracota e argila.
Uma referência aos vinhos orgânicos e veganos é obrigatória, seu consumo cresce consideravelmente na Austrália, na Califórnia, na Nova Zelândia e em Portugal. Outra lembrança de Karim: os tintos uruguaios, especialmente Tannat e Cabernet Franc, de produtores localizados na Rota 12, em Maldonado ou La Ballena.
Por fim, o importador refere a China, “que em dez anos será o maior consumidor e produtor de vinhos no mundo”. Ele destaca duas regiões: Penglai, chamada localmente como “Napa Valley de China”, e Ningxia. Só lamenta que a maioria desses rótulos será oferecida somente no mercado chinês.