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Os melhores pratos de inverno

Os melhores pratos de inverno

Noite dessas me questionaram: afinal, o que há de melhor para degustar nesse inverno? Três dias antes eu fora surpreendido por Armando Burd em seu programa (Rádio Pampa): pronto para debater política, economia e outros temas da atualidade, a mesma questão – sugestões para encarar o frio – me foi proposta, frente aos colegas Carlos McArthur e Juliano Tonial. A conversa resultou agradável e proveitosa, mas percebo que me ative aos locais mais óbvios.

Em um primeiro momento ficaria fácil listar as principais feijoadas da cidade, acrescentar o Rei do Mocotó (na Bordini, passando a Marquês do Pombal) e era isso. Seria injusto: houve restaurantes que apresentaram alguns diferenciais, leitores que encaminharam receitas (sopa de grão-de-bico, por exemplo), pode-se sentir que os bistrôs do Moinhos de Vento entenderam que saladas são mais adequadas ao verão e que sopas e cremes são entradas perfeitas para o frio – ou seja, houve progressos.

Corajosamente me atrevo a listar alguns momentos de glória, vividos pelo colunista durante este inverno rigoroso, que somente esta semana concedeu-nos uma trégua. Começo pelo cassoulet do Lorita, impecável, digno de insana busca por toda Toulouse com risco de não achar melhor. Pena que foi apenas um dia, agora só encomendando (tel. 3264-6000), para grupos de pelo menos seis pessoas.

Prossigo com a panela de ferro com feijão branco e linguicinhas, introduzida nos bufês do Plazinha (tel. 3220-8000), consagrado por sua feijoada clássica nas tardes de sábados, com bufê de sobremesas – este passou a oferecer alternativas aos doces puramente regionais e cresceu muito por isso.

Relembro os acarajés preparados no lobby do Deville (tel. 3373-5000) por uma baiana vestida a rigor, ao lado da mesa de batidinhas de cachaça. E isso é somente o começo: no salão a feijoada é boa, completa e os acompanhamentos incluem a couve à mineira mais verdinha de Porto Alegre.

Inesquecível foi degustar a feijoada de frutos do mar (foto) do Calamares: feijão branco, lula, polvo, salmão ou congro, camarões e mexilhões. Custa R$ 100,00, atende aos apetites de até três pessoas e pode ser entregue em casa – tel. 3346-8055 – ou servida no restaurante (Av. Mercedes 58).

Imagino, porque ainda não pude conhecer, a feijoada servida em La Hacienda, caminho certo para quem está em Gramado. A foto maior dá bem uma ideia do ambiente, que consta ser dos mais agradáveis. A descrição das opções disponíveis é tentadora: além de feijoada e seus acompanhamentos tradicionais, tem feijão vermelho e sugestões a la carte, como cassoulet. Um luxo, bom de chegar com calma, aproveitar o verdejante local e almoçar (sábados até 15h30min) degustando um bom tinto, longe do bulício dos turistas na cidade. Tem que reservar: tel. (54) 3295-3025.

Ainda no plano da imaginação, gostaria de experimentar uma iguaria típica da Argentina, que estará sendo servida somente nesta sexta-feira no Estación Sur, em São Paulo (tel. 11 3885-0133): el locro. Exige uma preparação minuciosa, que começa na noite anterior com seleção e cozimento de carnes secas, frescas e salgadas, milho tipo canjica, feijão branco, legumes e alguns embutidos (foto). Com uma mousse de limão como sobremesa, custa R$ 45,00 por pessoa.

Feijoada_La_Hacienda

EL_LOCRO

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