O verdadeiro desafio do Grêmio
Obviamente os gremistas prefeririam não perder para o Atlético-PR. Mas se hoje tem jogo decisivo contra o Estudiantes, o que fazer? Ora, exatamente o que fez Renato: poupar titulares. Mesmo com eles em campo será trabalhoso obter o placar necessário à classificação. O favoritismo tricolor esbarra na falta de um centroavante. Sobram os talentos de Everton e Luan, os mais capacitados a conduzir o time à vitória. André ou Jael não entusiasmam, para dizer o mínimo. Mas um deles deverá estar no comando do ataque, precisando demais de incentivo. Que fale o torcedor na Arena.
Inter patina, mas segue em frente
Claro que não foi o desempenho esperado, afinal eram os reservas do Palmeiras. Mais claro ainda que seria desejo de qualquer torcedor ver o Inter disputando a Libertadores, ou pelo menos que não tivesse sido tão precocemente eliminado da Copa do Brasil pelo Vitória. Mas quando se pensa em Brasileirão, titulo que há 39 anos não festeja, a vantagem colorada passa a ser exatamente esta: tem semanas livres para treinar, enquanto adversários se esfalfam em decisões ou se valem dos reservas para evitar desgaste. Pena que o líder São Paulo tem a mesma regalia.
Uma visita imperdível
Domingo revisitei o Pacaembu, ainda imponente apesar dos seus 78 anos. É lá, sob as arquibancadas, que se abriga o Museu do Futebol. Além de relíquias, documentos e filmes que contam a história do esporte no Brasil e de todas as Copas desde 1930, há setores em que se pode interagir com as telas. E painéis exibindo recordes que se perdem no tempo. Como o do goleiro Mazaropi, quando jogava no Vasco, que ficou 1,816 mil minutos sem levar gol. Também são citados o Rio Grande, fundado em 1900, e o 14 de Julho de Livramento (1902), como clubes dos mais antigos no Brasil.
A sacudida necessária
Só trocar de técnico não resolve. E embora raramente defenda a demissão de algum, no caso do Juventude é compreensível a dispensa de Julinho Camargo – a ameaça de rebaixamento é real. Outro bom profissional poderá sacudir o elenco e fugir da Z-4 sem maiores traumas. Mais sério é o caso do Brasil: já trocou de técnico. E de tanto frequentar as últimas posições, parece que se acostumou com elas. Uma reação imediata passa pelo estímulo que a torcida possa transmitir aos jogadores, mesmo que o frio espante e a sequência de maus resultados revolte. É o que resta.
Pitacos
*** A mim impressiona a sazonal irregularidade do atacante André. Após ótimo começo no Santos, só conseguiu jogar bem no Sport. E desde que o Grêmio penosamente o tirou de lá, não acerta uma. Quem sabe hoje?
*** Quem diria, D’Alessandro achou seu nicho no time do Inter pelas mãos de Odair Herllmann. E não é como titular: funciona como reserva estratégico, um eterno protagonista, a ser utilizado somente em horário nobre.
*** O novo papel do D’Ale esta coluna, ao início do ano, já entendia como a adequada a ele e ao Inter.