O prego e o Malbec Wine Club
Foi o seguinte. Estávamos reunidos no Gokan da Praça Japão em uma noite de terça-feira, para mais uma reunião do Malbec Wine Club. Conversava-se sobre tudo, as gincanas de antigamente que movimentavam Porto Alegre, as plataformas eleitorais apresentadas para uma eventual sucessão na entidade, mas falava-se especialmente sobre os vinhos trazidos à degustação desde a entrada – que, aliás, fora um espesso (até demais) creme de mandioquinha.
Aí aportou à mesa o prato principal, parte do menu habitualmente composto por chef Paulinho Correa. As conversas começaram a perder o entusiasmo, conspirações foram deixadas de lado, fez-se um quase absoluto silêncio, na medida em que cada comensal iniciava sua degustação. Chegara o filé de peixe branco anunciado desde o edital de convocação da confraria. Empanado, sob leve camada de molho de azeitonas, escoltado por omelete de cenoura, alho-poró e brócolis ao perfume de bacon, mais tomates ao recheio de queijo e moranga.
Estava tudo ótimo, mas esqueça a guarnição e fixe-se apenas no peixe: eram filés do já afamado prego, pescado ali mesmo em nosso litoral, que eu já degustara uma vez no bufê dominical do Dado Gastropub e que ressurgia, em impecável execução, no jantar do Gokan.
Quando determinada iguaria faz sucesso nas reuniões do nosso Wine Club, já ocorreu de ser incluída nos cardápios dos dois Gokan. Deve ser o caso, vale tentar – o Lounge fica na esquina das ruas Padre Chagas com Olavo Barreto Viana (tel. 3028-8490), o outro restaurante na alameda Sebastião Brito 24 (tel. 3028-0545).