Novos tempos, antigos sucessos
Sábado foi dia de o colunista reencontrar-se com a gastronomia – adiante da praticada no cotidiano caseiro ao qual estamos submetidos. Chegamos cedinho à Parrilla del Sur, sem filas na porta, mesas bem espaçadas e higienizadas que, pouco a pouco, foram tomadas por um público tranquilo. Era impressionante a diferença do ambiente para o que sempre foi: nada do bulício, de animadas conversas pelos salões e na barra, junto ao fogo. Não: podia-se falar mansamente e ser ouvido, como sugere a foto.
Os garçons, com máscara e proteção de acrílico, tinham a celeridade habitual. Apenas dois parrilleros tratavam da costumeira seleção de carnes disponíveis, ainda readaptando-se ao novo ritmo – custaram até acertar o ponto dos entrecôtes que pedimos. Cogumelos ao Roquefort foram saborosas entradas, o matambre relleno (na foto abaixo, R$ 29,90) a grande estrela de um almoço rápido e bem resolvido.
As sobremesas, deixamos para depois. Passamos pelo Marcelo Pâtissier em busca do seu insuperável mil-folhas de creme, mas ele anda fechando aos sábados – segue apenas atendendo encomendas. Ocorreu-nos o Charlie Brownie, na Av. Maryland 1270, com take away das 11h às 20h (foto).
Boa ideia: trufas, tortas (uma fatia, R$ 13,00), bolos, muffins e claro, brownies, em oito sabores (na foto o clássico ao leite, R$ 6,00 por fatia).
Porto Alegre anda devagar, daria para fazer sinistras apostas de quais serão os próximos restaurantes a fecharem. A noite dos namorados deixou claro que até os mais jovens estão mantendo a prudência, preferindo pedir ou preparar comida em casa. O cenário em quase todo o setor é funesto, o futuro incerto. Tomara que me engane.