No Chalé da Praça 15, uma volta aos velhos tempos
Houve época em que se podia transitar sossegadamente com a família, estacionar nas proximidades, jantar, retornar ao carro e encontrá-lo intacto. Aí começou aquela desgraceira, camelôs se apossando do espaço, administradores omissos e demagogos deixando que os informais se empilhassem à vontade nas cercanias, a Praça 15 virou um inferno. Imaginem com que prazer retornei ao Chalé, depois de décadas, para encontrá-lo novinho em folha, entregue às mãos competentes de Edemir Simonetti.
Nem parecia que estávamos no Centro, especialmente para quem sempre viveu em Porto Alegre e acompanhou passo a passo a degradação daquela área da cidade. Sentamos sob árvores imensas, suas copas sombreando as mesas ao ar livre, o velho Chalé com seu salão bem cuidado, um novo prédio ao lado (foto) viabilizando as reformas. Toda a área foi cercada com floreiras, virou um oásis, sem nada daquele bulício característico, sensível a meia centena de metros dali.
Nostálgicos em êxtase, a velha Praça 15 foi devolvida à população. E o Chalé é a grande atração, servindo almoço desde o final da manhã até o horário em que começa o jantar – entre eles, a movimentada happy hour, com chopes e os petiscos de praxe, inclusive fritas, bolinhos de batata, coisinhas assim. Claro que o cardápio foi modernizado, mas nele permanecem alguns hits de antigamente, como bife a la minuta, com arroz, ovos e fritas. O couvert tem pãezinhos, manteiga, caponata e uma pasta (R$ 4,50).
As inovações trazem, por exemplo, um bom filé recheado com rúcula e tomates secos, com molho e arroz piemontês, que o garçom chama pomposamente de risoto ao açafrão – mas esse amarelo na foto é de outra fonte (R$ 31,90). Também à nossa mesa, uma elogiada truta com amêndoas, aspargos frescos, batatas gratinadas e arroz branco (R$ 34,90). Há sugestões variadas diariamente, custando entre R$ 17,90 (frango) até 21,90 (filé ou picanha), com acompanhamentos diversos.
O Chalé da Praça 15 (tel. 3225-2667) funciona sempre, das 11h às 23h30min. Aos sábados e domingos pode-se estacionar livremente no Largo Glênio Peres – em breve haverá uma área azul na parte fronteira da praça, onde ainda há obras. Aceita Visa, Diners, Mastercard e American.