Libertadores: amanhã é para valer
Não creio que escalar titulares contra o Vasco tenha sido um erro, apesar do diminuto futebol mostrado em campo. Pior seriam 11 dias só treinando, à espera do perigoso Botafogo. Com Luan, o Grêmio é favorito no Engenhão; sem ele, vai-se complicar, é notável a dependência de seu melhor jogador que a equipe demonstra. Seria adequado manter cautela no começo do jogo, esperar o Botafogo e sair em velocidade no contragolpe. Tomara que Renato também pense assim, suas justas críticas ao time de sábado irão soar como desafio aos que jogarem amanhã.
A tradição do Juve-Nal
Não sou secador de Grêmio nem de Inter, mas gosto quando são superados por algum clube do Interior, sempre menores do que eles. Assim foi com o Novo Hamburgo no Gauchão e sábado, em Caxias, com o valente Juventude, que mesmo desfalcado de seu goleador soube vencer com autoridade. Mais: alçou-se ao sexto lugar, reabrindo suas chances de subir à série A. Juntamente com o Inter, é lógico, que deste ninguém duvida. Talvez em companhia do Brasil de Pelotas, que seria o quarto clube gaúcho na divisão principal. Improvável, mas sonhar é permitido.
Despencando abraçados
Despencar, não despencou, até porque quase todos os seus perseguidores também andam perdendo, e a vantagem de sete pontos ainda é tranquilizadora. Mas, sim, desandou a maionese daquele Corinthians invicto: no returno marcou apenas um golzinho e fez três pontos em quatro jogos (25%). A derrota para o Santos na Vila Belmiro seria normal, mas perder contra Vitória e Goianense, na Arena foi, pelo menos, um indicativo de declínio. Amanhã o Racing irá testar a capacidade de reação corintiana. Ah, o líder do returno, acredite, seria o Avaí, com 83% de aproveitamento.
Um atalho curto demais
Permito-me analisar o regulamento da Copa do Brasil, que Cruzeiro e Flamengo começam a decidir amanhã – sim, estou apostando em Mano Menezes. Acho que prêmios e quotas deveriam ser maiores, que é justo classificar à Libertadores para não virar uma competição sem recompensa objetiva. Mas penso que esse atalho está ficando curto demais: chegar às finais como chega o Fla, com três vitórias, sete gols a favor e cinco contra, isso lá é campanha de finalista a alguma coisa? Outros clubes terão que disputar 38 renhidas rodadas de Brasileirão para chegar ao mesmo lugar…
Vai mudar de turma?
O São Paulo preocupa desde o início, mas a essa altura do campeonato já desespera sua torcida. Não é para menos: ainda sábado fazia 2 a 0 na Ponte Preta no Morumbi e cedeu o empate, que o mantém na Z-4. O ano começou radiante, a direção abriu o caminho ambicionado por Rogério Ceni e fez do grande goleiro seu desafortunado treinador. Ele recebeu 18 reforços – Hernanes, Marcos Guilherme, Jucilei, Lucas Pratto e outros – que se juntaram a nomes nada desprezíveis, como Rodrigo Caio e Cueva. Mas quando nada parece dar certo, não dá mesmo. Série B à vista…
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