Inter: a hora certa de cobrar
Seria cedo demais. Apesar de possíveis derrapadas em escalações e substituições, prevalecem justificativas como chegada recente, impossibilidade de treinar e de conhecer melhor o elenco. Hoje a torcida ainda poderá tolerar uma vitória apertada sobre o Paraná (21h30min), mas qualquer coisa menos do que isso certamente vai provocar reações contra Guto Ferreira e seu time. Penso que, com o arrefecimento da tabela, com quatro jogos e apenas uma viagem a Pelotas, o Inter poderá se organizar, tomar as feições de seu técnico e subir definitivamente ao G-4. Se não…
Hoje tem clássico do Interior
O Brasil vai encarar o Juventude em Caxias, a partir de 19h15min, no jogo mais promissor dos últimos tempos sem a dupla Gre-Nal. A força do Xavante parece ter-se reavivado com os 3 a 0 sobre o Vila Nova, este ainda terceiro colocado na série B. Mas não tem como negar favoritismo ao Ju, líder e jogando em casa. Com todo esse frio, o teste é também para a Papada, que precisa mostrar a seu time que no Alfredo Jaconi o caldeirão ferve tanto quanto no Bento Freitas.
Árbitro de vídeo, sim ou não?
Não falta trabalho a um árbitro de vídeo, até porque ao colega que está com o apito fica bem mais confortável repassar a responsabilidade por decisões controversas. O que tem faltado é credibilidade ao sistema: mesmo valendo-se dos recursos técnicos, os árbitros têm cometido erros crassos, especialmente em lances de impedimento. A Copa das Confederações está sendo campo de provas da FIFA, a um ano da Rússia. A julgar pelo que até agora se constata, a reprovação seria certa.
Uma copa que perdeu a graça
Sem o Brasil, sequer a Argentina, apenas com o insosso time do Chile, a competição perdeu a graça para a maior parte dos sul-americanos. Resta, é claro, vibrar com o supercraque Cristiano Ronaldo e assistir ao desempenho da renovada e sempre fatídica Alemanha, que começou modestamente – ou um 3 a 2 sobre a Austrália é mais do que isso? O ponto alto é ver jovens jogadores alemães atuando da mesma forma que os veteranos – taticamente, entenda-se, porque a diferença técnica ainda salta aos olhos. Mas essa é, sem dúvida, a política certa.
Conspiração, complô etc.
Há quatro rodadas consecutivas o Grêmio joga depois dos rivais, com a óbvia vantagem de saber o resultado que precisa. Andei procurando alguma nota na Imprensa paulista com o título idiota que apus nesta – ainda bem que essa provinciana demonstração de ver complôs em tudo, não aconteceu. Não sei se o Grêmio ganhou ontem, mas se saiu da rodada como líder, deve-se a seus méritos. O Corinthians até pode reclamar do gol mal anulado de Jô contra o Coritiba, isso nada tem a ver com montagem da tabela. Agora, honestamente: se fosse ao contrário, estaríamos falando em conspiração contra os gaúchos, haveria protestos, algum DVD?