Grêmio, em seu melhor momento do ano
O Iquique nem é tudo isso, mas poderia complicar a vida do Grêmio. Só tem um detalhe: os chilenos vão enfrentar os tricolores no seu melhor momento de 2017. O goleador Barrios começa a aparecer e o time vai tomando forma, mesmo que o Veranópolis tenha facilitado tanto. Parece incrível que sua defesa tenha sido a menos vazada da fase classificatória. Contra o Grêmio, deu show de ingenuidade, levava drible à vontade, facilitou demais a missão dos atacantes gremistas. Hoje, trabalho dobrado.
A Copa do Inter é amanhã
O Inter diz que prioriza a série B em 2017. Bobagem, voltar à primeira divisão é quase uma certeza. Importante mesmo é a estreia na Copa do Brasil – sim, até agora só teve moleza – contra um ameaçador Corinthians. São dois times em construção e ambos vêm crescendo em bom ritmo. Aos colorados bastaria não tomar gol no Beira-Rio e marcar unzinho só na majestosa Arena do adversário, na outra quarta-feira. Esse seria o caminho menos arriscado.
Mania de perseguição
Reclamar primeiro, pensar depois, parece ser a especialidade do vice de futebol do Inter. É bem melhor jogar sábado contra o Caxias e ter quatro dias até viajar a São Paulo e encarar o Corinthians, na quarta-feira.
Muito obrigado
Cruzeiro, Veranópolis, São José, Juventude e outros que contribuíram para tornar menos enfadonho nosso estadual, recebam nosso muito obrigado. O Caxias tem tradição, levantou o título no início do século, quem sabe possa arruinar a vida do Inter. O Novo Hamburgo, se ainda tiver fôlego, pode surpreender contra o Grêmio, embora a parada seja mais difícil. Mas analisando friamente, a dupla deverá estar na final. Na hora do vamos ver, elenco e orçamento pesam, os clubes do interior acabam se vergando a isso.
Participação de falecimento
Calma, é só a Primeira Liga que deve partir, porque continuar será apenas um somatório de prejuízos. Com a ausência de grandes clubes paulistas, o calendário apertado, o tratamento que mereceu dos participantes, só com reservas em campo, e o consequente descaso do público, a competição estava destinada ao fracasso. As hienas da CBF devem estar rindo à socapa, tomara que a coragem dos que ousaram desafiá-la, organizando seu próprio torneio, tenha deixado uma semente.
A orquestra do Titanic
O técnico Fernando Diniz chegou a ser cortejado por grandes clubes, mas preferiu continuar no Audax, vice paulista de 2016, jogando aquele futebol bonito, disciplinado, sem chutões etc. Neste ano, a fórmula não funcionou: acabou rebaixado à série A-2. No último jogo, disputava a vaga com o Santo André. Vencia por 1 a 0, levou a virada, mas seguiu jogando sem perder o estilo. Parecia a orquestra do Titanic, que não parava de tocar enquanto o navio afundava. E isso não é uma crítica: Diniz perdeu seus melhores jogadores, merece continuar com seu trabalho e suas convicções.