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Enfim, cozinhas operantes e portas abertas

Enfim, cozinhas operantes e portas abertas

Se bem entendi, estamos sendo postos à prova: nós todos precisamos frequentar restaurantes organizadamente, tolerar algum desconforto e retirar máscaras somente no momento de degustar o que vier à mesa. Aos comerciantes, cabem ainda maiores obrigações, como demonstração de prudência e respeito a seus clientes e ao traiçoeiro Covid-19.
FILÉ COM CEBOLAS DOURADAS - CPM
Pois bem. Não duvido de que cada parte nessa relação mantenha as cautelas necessárias. Os jovens, com menores riscos e maior disposição, talvez retomem as hamburguerias, mas estas certamente cuidarão de refrear grupos maiores, manter distanciamento e as cautelas recomendadas.

Só não acredito que todo o público, represado há dois meses, volte com muito entusiasmo no primeiro momento. Refeições obrigatórias – caso de quem trabalha fora de casa –, especialmente os almoços, dessas não se poderá fugir. A questão é se, por exemplo, um, dois ou mais casais que costumavam jantar fora irão retomar desde logo os encontros em torno à mesa. Se os pais, com receio de contágio e também de estourar seu orçamento, levarão os filhos às churrascarias, se os almoços dominicais serão concorridos como antes.
CAMARÕES CORINTIANOS 2
São duas semanas de testes que a prefeitura nos impõe. Caso essa flexibilização resulte em alta demanda de leitos em UTIs, haverá regressão. Se não, caminharemos para uma normalização que terá um claro retrato, em data previamente marcada: sexta-feira, 12 de junho, Dia dos Namorados. Mesas para dois, jovens na maioria, dispostos a comemorar.

Tudo dando certo até lá, o trem dos consumidores estará de volta aos trilhos. Sua velocidade, essa vai depender de promoções e bons preços.

Em tempo: as imagens que ilustram este texto são de duas especialidades do colunista: filé com cebolas douradas e camarões com arroz branco e pirão.

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