Desarrolhando positivas surpresas

Minha curiosidade foi despertada em uma degustação casual, entre amigos. Serviram umespumante que ainda não conhecia e que impressionou positivamente. Examinando rótulo econtrarrótulo, verifiquei que era o Charlotte (foto 1), um champenoise produzido comexclusividade para uma importadora gaúcha (Hannover), com uvas do Dr. Fausto (Vale dosVinhedos) e elaboração da Pizzato. Atualmente já existe a versão brut rosé e ambas seprestam a complementar uma ampla linha de rótulos estrangeiros que, afinal, são aespecialidade da empresa.

Em outras ocasiões pude avaliar o potencial desse portfólio de importados. Da chilena Viu Manent e de seus vinhedos no Valle de Colchagua degustei dois vinhos: o aromático e personalíssimo Vibo Punta Del Viento 2011 (foto 2), que tem 68% de Grenache, 21% de Mouvedre e 5% de Sirah, com 13 meses em barricas de carvalho francês de segundo e terceiro uso. Potencial de guarda sugerido: até oito anos.

O segundo me remeteu às degustações em nosso Malbec Wine Club, que segue firme e forte com suas reuniões mensais, em torno à boa mesa: Secreto Malbec 2012 (foto 3). O nome se justifica pelos 85% de uvas Malbec e um corte não revelado com 15% de outra vinífera – não gosto de mistérios, mas esse resultou em um bom vinho. Média de idade dos vinhedos, cultivados em El Olivar, próximo a Peralillo: 14 anos. Guarda sugerida por até seis anos.

O terceiro rótulo degustado foi da argentina Ruca Malen, seu Reserva de Bodega 2011: 25% de Cabernet Sauvignon, 175 de Syrah, 45% de Malbec e 13% de Petit Verdot, cultivadas a 1 mil metros de altitude, em solo arenoso e pedregoso. O corte final é realizado após criteriosa seleção das melhores barricas de cada variedade – o vinho está pronto, é robusto, agradável, tem guarda possível por até oito anos, mas me deixou a impressão de que ainda pode evoluir na garrafa.

Hannover: tel. 3337-3890 ou www.hannovervinhos.com.br.