A maior safra de uvas da história no Rio Grande
A colheita ainda não terminou, mas seus resultados parecem ser muito favoráveis. De um lado enólogos satisfeitos com o clima e a qualidade que ele ajuda a emprestar às uvas. De outro, os números divulgados pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), estimando que a região da Serra Gaúcha irá ultrapassar aos 640 milhões de quilos de uva colhidos na safra 2011, o que corresponde a um aumento entre 20% e 25% em relação ao ano passado.
Os números entusiasmam Júlio Fante, presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, mas também a qualificação do que se poderá produzir. Sua projeção é de que a atual safra será igual ou superior a de 2005, considerada a melhor da década. “Não apenas o clima está pesando nessa avaliação, também a melhor capacitação das empresas tem alta importância”, pondera. “Com os investimentos em tecnologia e os novos equipamentos incorporados pelas vinícolas, certamente elas chegarão a produtos de qualidade superior”, aposta Fante.
Deve ter razão: quando o clima não ajuda, se tenta compensar com cortes criativos entre safras e muita tecnologia. Quando os dois fatores estão positivamente presentes, o mais provável é que se chegue a bons vinhos. Basta esperar.