A Espanha em São Paulo
Há quem diga que ir a São Paulo não é viagem, é negócio. Eu, não. Já tivefases de ir na quarta e voltar no domingo, sem qualquer propósito que nãofosse assistir a algum jogo de futebol, almoçar e jantar nos restaurantes delá. Lembro que a denominava a capital gastronômica do continente, paradesgosto de amigos que eram fãs de Buenos Aires. Esta,na época, era umacidade com estilo europeu e rica gastronomia – também um destino frequente para o colunista, relegado a analisarsemanalmente o então modesto cenário porto-alegrense na matéria.
Mas São Paulo é mais, sempre foi bem mais. Gostava de fartar-me com as paellas do ainda famoso Dom Curro, em Pinheiros, as carnes da Rodeio, o bacalhau do Presidente – no Brás, creio, tinha azulejos brancos nas paredes e um balcão frigorífico na entrada, mas que bacalhau! Isso para não falar em endereços sofisticados, que hoje pululam por dezenas de bairros paulistanos, sustentados pelo alto poder aquisitivo dos frequentadores e por visitantes de todo o planeta – sim, esses vão a negócios.
Relembranças à parte, em São Paulo acontece, até este domingo, uma promoção do escritório de turismo da Embaixada da Espanha no Brasil, a Tapas Week: isso mesmo, um festival de apreciados petiscos da tradicional culinária espanhola, disponíveis em 16 bares e restaurantes. O preço do menu degustação é de R$ 49,90 – a ideia de organizar algo semelhante em Porto Alegre, essa transmito de graça.
Ah, a paella da foto foi apresentada há um mês por Floriano Spiess, no Bar Inglês do Juvenil. Era parte do festival que prossegue neste sábado, com Claudio Solano assinando os bufês.