A difícil vida dos cadeirantes em Porto Alegre
Desta vez a seção não traz uma opinião do colunista, embora eu seja totalmente favorável aos comentários recebidos do leitor Vinícius Letti Flores: percebe-se que eles lastreiam-se em verdadeira pesquisa de campo, o que reforça sua procedência. Veja se há a mínima razão para discordar deste protesto:
“Porto Alegre possui milhares de bares e restaurantes, mas apenas uma pequena parte é acessível a cadeirantes edemais pessoas com alguma dificuldade motora. Alguns por absoluta impossibilidade: é o caso do Daimu, um ótimojaponês que está estabelecido no topo de uma colina na rua Dinarte Ribeiro. Outros, entretanto, poderiam fazeralgum esforço para retirar pequenas escadas e eliminar poucos degraus, ou mesmo uma rampa móvel – casos do Press do BarraShoppingSul ou do Machry.
Em contato com algumas casas, as respostas costumam ser cordiais, embora nem sempre tragam soluções. OPeppo afirma que o imóvel é locado, alterações são difíceis, mas que os garçons estão sempre disponíveis a auxiliar. Le Bistrot ficou de estudar a retirada daquele pequeno degrau que impede a livre circulação do deficiente entre obufê e as mesas. O Xavier 260 tem, segundo informação do garçom, um banheiro no jardim (os toaletes dorestaurante encontram-se no segundo andar), mas ainda assim possui degraus no acesso.
O Seasons conta com um banheiro adaptado e tem uma interessante rampa ajustável. Del Barbieri mudou aconfiguração, abre uma porta auxiliar para facilitar a entrada. A Torta de Sorvete, alertada, enfrentou problema e aproprietária me mantém informado sobre a breve finalização das obras. Outros exemplos positivos são osrestaurantes Nono Ludovico e Ratskeller: ambos têm elevador. E o Armazém dos Importados, que atendeu imediatamente o pedido de substituir a escada da loja (rua Padre Chagas) por uma rampa.”