O extermínio da Rua Padre Chagas
Lembro do Café do Porto, da Torta de Sorvete, de um restaurante mexicano, que o filho de um amigo nosso abriu na antiga residência da família; do Orquestra de Panelas, do Bagutta, já na esquina da Padre Chagas com a Fernando Gomes…
Nesta, onde também conheci os famosos Lilliput e o Jazz Café de Dirceu Russi, restaram apenas uma creche e, na quadra seguinte, um grande empreendimento imobiliário, que promete respeitar o bairro.
Ou seja, sou antigo por ali, vi muita coisa boa surgir e fenecer.
É o meu receio em relação à Padre Chagas: na primeira quadra, tudo foi fechando, o Mulligan – que desencadeou os festejos de Saint Patrick’ s Day, os quais acabaram trazendo um público indesejável para a região – apenas se encarregou de apagar a luz. Na segunda quadra ainda sobra o Armazém dos Importados e nada mais ligado à gastronomia.
Na parte entre as ruas Luciana de Abreu e Dinarte Ribeiro, alguns bons lugares resistem, pressionados por outros que vendem bebidas para consumir no meio da rua. Aí reside o problema: sexta-feira passada havia 800 pessoas se aglomerando nas calçadas – um estilo de visitante que não interessa, não gasta e só faz bagunça.
É esse tipo de comportamento que desgosta moradores e ameaça empreendedores sérios, que veem a clientela rumar para endereços da Rua Dinarte Ribeiro, exatamente como há meses aqui se previu.
Uma atuação preventiva, firme e rigorosa da Prefeitura, parece ser o remédio para devolver a paz a bons comerciantes e frequentadores da Padre Chagas.
Que venha!