José Maria Soares Franco
1. Qual sua avaliação sobre o Alentejo, em relação às demais regiões produtoras de Portugal?
O Alentejo é muito recente, entrou no cenário vitivinícola ao início dos anos 1980 e hoje se tornou uma das maiores regiões produtoras em Portugal. Fazemos vinhos diretos, com muito aroma, fáceis de gostar e de conquistar consumidores. Os do Douro já exigem um certo apuro no paladar, mas comercialmente os do Alentejo são mais interessantes.
2. Quais os diferenciais que a Duorum traz ao mercado?
Nossos vinhos são corrigidos com uvas, não usamos química na produção. Elaboramos vinhos encorpados e robustos, os tintos têm aromas de frutas pretas, os de maior complexidade trazem aromas florais, com textura e acidez, para que estejam vivos. Destaco o Tons de Duorum (branco), porque além do preço e da qualidade, é fresco e aromático; o Colheita (tinto) e o Reserva (tinto), todos disponíveis na Porto a Porto.
3. Quão importante foi o consagrado Barca Velha para sua trajetória profissional?
Foi determinante, aprendi muito em 30 anos trabalhando com esse vinho, na Casa Ferreirinha e na região. Abriu meus horizontes, estudei mais, visitei produtores na França para me aperfeiçoar. Aqui no Brasil há pessoas loucas pelo Barca Velha, como colecionadores. É um vinho bom e caro.