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O império das tilápias

O império das tilápias

Nada contra os criatórios dessa espécie, nascida na África e bem-sucedida nas mesas de cidades como Porto Alegre. Mas a tilápia também não precisava se adonar do mercado dessa forma: pode-se dizer que a maioria dos bufês e cardápios de boa categoria rendeu-se a esse peixe, de médio custo, razoável paladar e dupla identidade – há quem, na busca de sofisticá-lo, o chame de Saint Peter, desde que tenha leve coloração avermelhada.

O que me incomoda é o quase abandono de nobres filés de linguados, congros, sem falar em pescada amarela, robalo e badejo, raramente encontrados por aqui. Sei, irão dizer, é por causa dos custos. Contudo, nos almoços dominicais de Chef Lucio, na Germânia, ainda costumo encontrar pescados de primeira qualidade nos bufês. O Pampulhinha, lembro, sempre teve apreciáveis filés de congro, satisfatórios para os apetites de duas, até três pessoas. E afora esses, poucos mais poderia citar.

De resto, imperam as tilápias.
MARRETIMO - Robalo legumes e creme espinafre
Essa foto é de um filé de robalo com legumes grelhados e creme de espinafre (R$ 71,00) que degustamos no luxuoso Marettimo, restaurante de São Paulo (imagem abaixo). Poderia ter sido de badejo, ou pescada amarela, peixes facilmente encontráveis nos menus de bons restaurantes, inclusive mais simples. Aqui, não.
MARRETIMOo

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