Na capital gastronômica do continente
Vamos a São Paulo periodicamente. Às vezes tenho assuntos a tratar, mas a maioria das viagens é a passeio mesmo. Há quem a veja como uma megalópole desgastante e assustadora. Para mim, há décadas é onde me sinto seguro e, em determinadas áreas, sorvo a sensação de estar em outro país, com serviços eficientes, ruas bem pavimentadas, arborizadas, edificações monumentais, obras públicas em ritmo frenético. Além de ser a capital gastronômica do continente, o que, como apelo, já me bastaria.
Tive épocas de ficar em Cerqueira César, nos arredores da Av. Paulista, nos Jardins, uma vez no Tatuapé – sim, pela proximidade da majestosa Arena Corinthians, onde a Copa de 2014 começou –, mas no Itaim Bibi essa foi minha estreia. Por sinal, muito feliz para quem viaja com criança a bordo e gosta de movimentar-se a pé: assim como fizemos no Leme – quando nosso Pedro tinha seis meses fomos ao Rio, em busca do visto americano –, tracei um roteiro de restaurantes que poderíamos alcançar caminhando.
Não na chegada: fomos de Congonhas ao hotel e, à meia-tarde, apelamos a um táxi para chegar à Rua Haddock Lobo – entre outros, ela abriga três restaurantes Paris 6, um deles operando em regime de 24 horas. Foi neste (Classique) que acampamos, para um lento e tardio almoço, que começou por impecáveis pastéis recheados com Brie (38,00 a porção – foto acima), passou por um lindo filé de salmão grelhado, com molho hollandaise e risoto de palmito (R$ 81,00 – foto abaixo).
Ao colunista coube deliciar-se com medalhões de mignon ao molho bourguignone e risoto de cogumelos (R$ 87,00 – foto abaixo).
As sobremesas são descomunais, mesmo se compartidas, o que não foi o caso. Um grand gatêau da coleção da casa (R$ 41,00) e uma clássica mil-folhas (R$ 28,00) completaram o almoço. Com mineral para três e dois pratos kids, porque um não bastou para o apetite do garoto, mais os 10%, a conta foi a R$ 391,05, sem qualquer arrependimento.
Semana que vem eu conto o roteiro pelos restaurantes do Itaim Bibi.