Mais um veraneio em Porto Alegre – final
Esse ar de cidade pacata que Porto Alegre exibe no verão, inevitavelmente me remete a uma capital que conheci há décadas, quando ainda se almoçava em casa, ou em restaurantes com toalhas alvíssimas às mesas, garçons vestindo summer, maîtres de smoking e menus a la carte.
A lembrança mais antiga: levado por meu pai, guardo vagas recordações do Capri e do Ghilosso, ambos em frente à Praça da Alfândega. Depois conheci os lanches da Pelotense, mais tarde os categorizados restaurantes do Plazinha, do Citi Hotel – aí em uma idade que já me permitia escolher o que iria pedir naqueles cardápios da época, com dúzias de acompanhamentos diferentes para as mesmas preparações de filés, por exemplo.
O Ghilosso pertencia ao seu Aurélio. Anos depois vim a conhecê-lo, eu ainda universitário e trabalhando como repórter, ele na condição de ecônomo do bar da Redação, sepultado junto às oficinas do jornal e, que trabalhava. Lembro-me de tomar cafezinho ali com o Alfredo Fedrizzi, que descia da rádio, e com tanta gente que conheci no meio.
Bons tempos. Melhor ainda ter 20 anos!