Grêmio: hoje tem espetáculo
Que me perdoem Machado, que tentou tirar a bola, acertou Bressan, que se encarregou de desviar do goleiro e dar a vitória ao Palmeiras. Ali se configurou uma cena que remete aos impagáveis Três Patetas – o terceiro devia estar de folga, ou seria pior. Renato acertou ao escalar reservas – o frio de Mendoza, a motivação do Godoy Cruz requerem todas as atenções e um time descansado. Mas se o Grêmio titular apresentar hoje o mesmo empolgante futebol, a volúpia que mostrou contra o desarvorado Atlético-PR, raridade: tornará fácil um jogo contra argentinos em seu próprio país.
Acorda, Guto, cadê o G-4?
A primeira efetiva semana de trabalho do novo técnico colorado, com tempo para treinar, pensar e organizar um time, terminou de forma melancólica, debaixo das vaias dos 26 mil homens de muita fé que povoaram as cadeiras do Beira-Rio. O que mais preocupa é que o Boa mereceu vencer, simplesmente foi melhor. Guto completou um mau mês no Inter. As finanças não permitem contratações de vulto, os melhores reforços estão voltando: Pottker, Uendel, Edenilson, talvez Nico López. Apenas uma boa vitória sobre o Criciúma pode atenuar o dramático quadro.
Copa das Confederações
Essa da Rússia pode ter sido a última, e se algum legado deixa é a admiração pela capacidade de renovar-se, sem perder a efetividade, demonstrada pela Alemanha. Sem falar em Cláudio Bravo, do Chile, pela técnica e a frieza demonstradas para pegar pênaltis. A um jovem candidato a goleiro, que pediu conselho ao especialista sobre as três espetaculares defesas de pênaltis de Bravo contra Portugal, respondo como sempre: olhar fixamente a bola, somente mover-se quando o cobrador, na reta final para o chute, indicar o canto que irá buscar. Daí, reflexo, agilidade e sorte.
Caxias versus Pelotas
A fanática torcida xavante está perdendo a paciência: o time não vence, toma de três do América-MG e cai para 14º lugar, a dois pontos da Z-4. Para quem beliscou a parte de cima da tabela, é frustrante. Ainda mais quando o Juventude alcança várias semanas na liderança, ou colado nela, como agora. Há rivalidade entre as torcidas, afinal tratam-se dos representantes de duas grandes cidades. Um consolo para o Brasil: está a três pontos do Inter. Mas nada supera a alegria do Ju, bem acima do Colorado e com chance de ultrapassar o líder Guarani sábado, no Jaconi.
Auxiliares ou mentores
Eles raramente aparecem, mas estão sempre lá, nos bastidores ou no recôndito dos vestiários, na sala do técnico ajudando a pensar o próximo jogo, recomendando a promoção de algum jovem, recuperando aquele veterano encostado por quem já passou. O festejado Fabio Carille, formava com Cléber Xavier a dupla de confiança de Tite no Corinthians. Antonio Lopes trabalha com Jair Ventura desde a assunção deste ao cargo de técnico do Botafogo. E aqui, no Grêmio, por que Renato está tão mais maduro, estável, raramente erra? Ora, está com Valdir Espinosa.