Jantar ou sessão de cinema?
Dia dos Namorados é daquelas datas que reavivam antiga discussão. Há quem ocupe uma mesa durante toda a noite, degustando sossegada e romanticamente o jantar e um bom vinho. Outros chegam cedo e saem logo, para agrado do proprietário de restaurante. E há lugares que optam por agir como se estivessem no vagão de refeições de algum trem noturno, com horário para chegar e hora certa para desocupar.
É este o meu limite: permitir duas horas de repasto aos comensais e possibilitar a lotação da casa girar uma vez, socializando o tempo em datas concorridas. A diferença entre quem se submete ou não ao sistema tem de estar no preço: jantar enquanto corre o taxímetro merece tarifa diferenciada.
Pouco recomendável é o que propõe um restaurante paulista: dia 12 atenderá um primeiro grupo às 19h30min, um segundo às21h e o último às 22h30min. Aí já se torna quase um bufezão de almoço apressado, embora o serviço seja a la carte. Ou uma matinê de antigamente, ou irá requerer cronômetro de xadrez, árbitro, bandeirinhas para assinalar demora em pedir sobremesa etc.
Certamente não é o que se deseja na noite dos namorados. Prefiro uma refeição sem pressa, velas à mesa, garçons solícitos e ninguém por perto açodando, olhando ao relógio o tempo todo. Mas reconheço o direito de os restaurantes aumentarem o faturamento, nesta época em ele anda tão escasso. Minhas sugestões: um jantarzinho em casa, preparado a quatro mãos, ou antecipar a comemoração para o fim de semana. Por que não jantar em um restaurante bacana no sábado, ou começar o domingo com o requintado – e tranquilo – brunch do Plaza São Rafael?
Se preferir, sugestões para a noite do dia 12 estão no roteiro aí ao lado.