Os gaúchos e a Libertadores
Tem a molecada do Santos, liderada por Neymar, Ganso e completada por Elano mais um ou outro jogador experimentado. O respeitável Fluminense de Conca e Fred, com Muricy no banco. Não se pode esquecer o elogiado elenco do Cruzeiro, com o técnico Cuca à espera do grande título de sua carreira. E claro, as equipes argentinas, além de outras com tradição e altitude a favor. Mesmo assim, levo fé no atual campeão Inter, reforçado, mas ainda sem um goleiro confiável. E no Grêmio, de tão espetacular recuperação no returno do Brasileiro de 2010, com uma motivação a mais – mostrar a Jonas e Ronaldinho que não precisava deles. Tudo começa hoje, com o Flu, às 22h (Globo).
Provocador nato
Essa de o Corinthians dar com a cara na porta de entrada para a Libertadores me trouxe recordações interessantes. Em 2003 o fracasso corintiano foi contra o River Plate, por causa de uma expulsão em cada jogo – a disputa ocorria nas oitavas de final. Em Buenos Aires, irritado pelos seguidos dribles de um atacante irreverente, o lateral Kléber (hoje no Inter) perdeu a cabeça e levantou o cara – levou cartão vermelho na hora. No jogo de volta seu substituto era o jovem Roger – e o filme se repetiu: dribles do mesmo atacante, carrinho por trás e pronto, o lateral foi expulso. Nos dois casos, o argentino provocador era o mesmo: D’Alessandro.
Fica para outro dia
Hoje à tardinha (18h), 13 anos depois daquela final, cinco após a eliminação em outra Copa do Mundo, Brasil e França voltam a se encontrar em campo. Por mais que tenha restado inconformidade com aqueles 3 a 0 de 1998 ou com o 1 a 0 de 2006, a revanche não seria hoje. Não com a seleção brasileira em fase de estruturação, não após o ainda recente fracasso contra Holanda, não em um momento em que Mano Menezes testa todos os jogadores que o calendário permite. Alguém poderá dizer que a França vive situação semelhante. Sim, mas esse amistoso não passa de um teste – para ambos, nada mais do que um teste. Revanche requer jogo oficial, valendo título, na Copa.
Competência
Quando escrevo que os dirigentes gaúchos fazem milagres para cumprirem boas administrações, há quem discorde. Mas é só olhar algum clube com muito mais dinheiro para gastar e cotejar a eficiência. Grêmio e Inter reforçaram seus elencos como puderam, e estão prontos a estrearem na Libertadores. O Corinthians já saiu dela de forma vexatória e apenas agora contrata o primeiro grande jogador, Liedson. Considerando-se que esse clube tem um dos três maiores patrocínios de camiseta do mundo – sem falar nas demais receitas –, realizou pouco, quase nada.
Filme antigo
Emocionante mesmo é a dança dos treinadores no Gauchão – sete cabeças já rolaram, vale apostar quantas ainda irão rolar até o final. Este, previsivelmente, terá Grêmio ou Inter. Ou ambos, hipótese que tornaria improvável uma daquelas goleadas humilhantes dos últimos anos, que os caxienses não esquecem. Estes, aliás, vêm cumprindo elogiáveis campanhas: Juventude e Caxias se mantêm no alto da tabela em suas chaves, quase na metade da fase classificatória. Depois? Pois é…