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Preço fechado, restaurante aberto

Preço fechado, restaurante aberto

Não foram poucas as baixas que o verão porto-alegrense causou na malha de restaurantes da cidade, com inestimável ajuda dos desmandos na condução da economia brasileira, verificados nos últimos anos. Na lista dos que não resistiram à crise, o impacto maior foi sobre as casas que focavam nas classes A e B, que serviam a la carte ou que, compreensivelmente, somavam os níveis de conforto, localização, ambiente e serviços aos preços do menu.
A chamada classe média alta da população, que sucessivos governos tentam extinguir com o peso dos impostos e da corrupção, passou a buscar refeições com preço fechado – entrada, principal e sobremesa. Ou a contentar-se com algum bufê, rodízio ou sequência, desde que possa saber antes quanto vai – ou pode – gastar.
Ao longo de meu veraneio em Porto Alegre – viajamos por menos de 15 dias – vi medianamente movimentados os almoços do bom Ratskeller (R$ 35,00, de segundas a sextas-feiras), do Thomas (R$ 38,00, em um sábado de fevereiro) e do Galo Cinza, que ainda não conhecia (foto). Neste era dia de feijoada, pagava-se em torno de R$ 36,00 por pessoa – de segundas a sextas-feiras, cobram por quilo – e as demais atrações do bufê ajudavam a formar um bom público. Comida reconfortante, apregoam, proprietários atentos e zelosos com o que chega aos bufês, pude pessoalmente constatar. Rua Eudoro Berlink, 855 (tel. 3084-0080).
Na região de Moinhos os meses de verão mostravam restaurantes em férias coletivas, em reformas ou definitivamente fechados, como o Domenico, um italiano que havia na Rua Padre Chagas. Sei que ainda vamos perder outros, mas é provável que ao longo de 2017 se notem sinais de melhora. Que assim seja.
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GALO CINZA - FACHADA

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