Rare, medium rare, medium…
Há seis anos, desde que o Pedro era bebê, forçosamente passamos a frequentar somente restaurantes informais em nossas viagens. Nos Estados Unidos aqueles ao estilo casual, como eles chamam, normalmente unidades de famosas redes de franquias. Crianças são bem aceitas, há sempre menu kids disponível e, para os adultos, as especialidades são satisfatórias, desde camarões e lagostas do Red Lobster até um rib eye em uma de muitas steak houses.
Aliás, quando o desejo é por carnes, não faltam opções como Friday’s, Outback, Tony Roma’s, além dos superespecializados, que trabalham somente com uma raça bovina. Temos boas lembranças do Angus, em pleno Piccadilly Circus, Londres, rede que também está na Flórida. Em janeiro, quando andávamos por lá, conhecemos mais uma rede de steakhouses: LongHorn. Estivemos em dois, um em Fort Myers, outro em Lauderdale. Padronização, claro, mas em seu aspecto mais positivo: o que se experimentou em um, vai encontrar igualzinho no outro, da guarnição ao ponto da carne (na foto, um lindo filé de 12 onças).
Aliás, esse é o ponto. Gosto de bifes medium rare – antes do ponto, ou ponto menos um, como dizem aqui. Carne rosada, liberando seus sucos quando cortada. Em qualquer cidade americana isso será respeitado; aqui, parece uma façanha quando sou premiado com o ponto pedido.
Há bons restaurantes na cidade que simplesmente não respeitam essa solicitação. O mais comum é passar do ponto, sem cerimônia alguma. No mais das vezes, até para não comer depois de seus convidados, o cliente aceita assim mesmo – e nunca mais aparece no restaurante.
Lembro com carinho do querido Caetano Aita, da Santo Antônio, que gostava de se exibir às mesas quando a elas aportavam seus alentados filés: sorridente, fazia questão de dividir a carne entre os comensais, usando apenas uma colher para cortá-la, verificando se estava ao ponto pedido e, então, servindo a cada um.
Simpatia e carnes ao ponto exato!