Não enrola, Argel!
Tudo o que ele pedia era uma semaninha para poder treinar. Ganhou dez dias, com a paralisação do Brasileiro e a torcida entregou-se ao devaneio de supor que o Inter voltaria diferente, com um mínimo de entrosamento e alguma digital de seu técnico tatuada na time. Que nada! Acabo de assistir a um jogo em que o Atlético-MG dominou o tempo todo, permitiu um gol nascido de um escanteio (Paulão) e a cobrança de uma falta (Vitinho), bem defendida por Victor. Só.…
De resto, levou duas bolas na trave e dois gols, que poderiam ser quatro ou cinco para o Galo.
Até aí, fazer o quê?
Brabo foi ouvir as entrevistas: tanto Argel quanto o diretor que o antecedeu no microfone afirmaram que o jogo foi igual, que qualquer um dos dois poderia ter vencido.
Um repórter, não acreditando no que ouvia, perguntou a Argel se ele se referia ao jogo recém encerrado, em que fora visível a superioridade do Atlético-MG.
“Sim, respondeu o novel técnico colorado, eu vi esse jogo, acho que você viu outro.”
Não só o repórter, Argel. Eu e todo mundo que estava no SporTV, até mesmo colorados fanáticos, viram o jogo que você não viu.
Duvido que, enrolando desse jeito e não enfrentado a realidade, o técnico colorado resista até o final do campeonato.
A foto é do site oficial do Inter.