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Espumantes bem gelados, mas com carinho

Espumantes bem gelados, mas com carinho

Para quem gosta de curtir os desfiles de carnaval em frente à tevê com espumantes, cavas, proseccos ou champagnes bem gelados à disposição, eis algumas velhas recomendações especiais para novos consumidores. Elas podem ser úteis, especialmente a quem pela primeira vez ousa substituir a cerveja como sua bebida de verão.

Que em pleno março a bebida tem que ser bem gelada, nada a discutir. Importante é a forma de fazê-la atingir a temperatura recomendável, sem prejuízos ao paladar. Assim como no caso da popularíssima cerveja, quando a garrafa é estupidamente gelada a estupidez não é da bebida, mas de quem lhe proporciona esse tratamento. Já vi gente lotando um freezer com garrafas, o que é absolutamente errado: o líquido toma um choque, passando de mais de 30 graus para uma temperatura negativa.

Se as vítimas desse quase congelamento forem os vinhos, espumantes ou não, o dano é maior: a rolha irá gelar junto e será mais difícil removê-la, além do que poderá estourar, despejando sobre os convivas o resultado do cuidadoso trabalho de produtores e enólogos. Ou se coloca um espumante na porta do refrigerador uma hora antes de servir ou, o melhor de tudo, se utiliza um balde com gelo, água gelada e, se tiver pressa, um pouco de sal. O pescoço da garrafa ficará parcialmente fora disso – e a rolha também.

Lembre-se de segurar o cálice pela haste, ou mesmo pela base. Não faça como nas novelas: é onde surgem maus exemplos, com personagens envolvendo inteiramente o bojo do cálice com a mão, polegar e indicador formando um arco, a temperatura do corpo passando para a bebida. Nada de frescura, pose ou afetação – é desejável apenas a educação que também se demonstra ao manusear talheres, com classe e naturalidade.

Só faltou sugerir alguns rótulos, mas essa escolha é privilégio seu. Em qualquer hipótese, tenha um divertido carnaval!

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