Depois da Copa, os vinhos da África do Sul
Até pode ser que a Copa do Mundo deste ano tenha de alguma forma incentivado o consumo de vinhos sul-africanos. Mas faz tempo que eles não apenas são conhecidos, como também internacionalmente respeitados. Lembro quando a então jovem vinícola Forestier surgiu no Brasil com seus varietais – entre eles um Pinotage, que tinha como argumento de venda ser o único rótulo brasileiro elaborado a partir dessa vinífera originária da África do Sul. Que moral!
Há menos de duas semanas, a convite da Vinhos do Mundo, Johnathan Grieve esteve em Porto Alegre. Ele é o proprietário da Avondale, vinícola sul-africana que há alguns anos decidiu priorizar a preservação do ambiente na elaboração de seus vinhos. “Ninguém faz o vinho como nós fazemos”, proclama. “Estamos usando o conhecimento e a tecnologia do século 21para promover o respeito à natureza, enquanto produzimos o melhor vinho possível”, enfatiza.
É nessa deslumbrante região retratada na foto que a Avondale cultiva e zela por suas videiras, usando coberturas e desprezando fertilizantes para restaurar o equilíbrio do solo. Patos e vespas substituem os vaporizadores no controle de pragas, a preocupação com o aprimoramento dos vinhos corre paralelamente ao aumento dos cuidados em trabalhar sempre em harmonia com a terra.
O resultado de tudo isso está nos Chardonnay, Sauvignon Blanc, Rosé, Syrah e Cabernet Sauvignon, das linhas Reserve e Gran Reserve, que a Avondale espalha pelo mundo. Alguns deles foram degustados em jantar organizado em torno de Grieve, em Porto Alegre. Outros estão disponíveis na Vinhos do Mundo (tel. 3012-8090).