Vinhos para os Papais
As sugestões são dezenas, partidas das muitas vinícolas e importadoras que disputam esse mercado, especialmente em datas como a que se comemora no próximo domingo. Todas conduzem ao vinho, sob variados argumentos. Têm razão: uma garrafa, criteriosamente escolhida, representa um presente carregado de carinho e atenção aos papais em seu dia. A questão toda está justamente nisto: critério.
O país de procedência é quase secundário – até mesmo na França já me apresentaram vinho ruim –, embora produtores sem qualquer tradição mereçam cautela maior, nunca preconceito. Há bons rótulos brasileiros, em larga escala de preços, capazes de fazerem felizes os homenageados. A fartura de importados nunca foi tamanha, com o dócil comportamento de dólares e euros facilitando o acesso ao consumidor do Brasil.
Ante tantas possibilidades, é de se comemorar o auxílio de algum bom consultor – e as melhores lojas e delicatessens têm disponibilizado essa importante ajuda em elogiável padrão – na hora de escolher. Só não se deixe influenciar além de um ponto: o paladar e as preferências de quem irá receber o presente. Se o papai prefere os tintos encorpados, é isso que deve ganhar. Se aprecia espumantes, esses (também proseccos, cavas e champagnes) deverão ser a sua compra. Se ele gosta de vinhos mais suaves, conceda, nada contra.
O que realmente interessa é agradar. Se hoje alguém prefere vinhos menos secos, em seguida poderá evoluir, conhecer outros tipos, aprimorar suas escolhas. O principal e único critério deve ser – sempre – o paladar de quem irá beber.