O melhor enólogo do mundo
Quem adquire vinhos com regularidade sabe a pesada carga de ofertas que diariamente nos é enviada, por internet ou outros meios. Tenho um amigo, possuidor de uma belíssima adega, que costuma fazer propostas por generosos lotes desse ou daquele rótulo, contando em repassar a uma pequena rede de apreciadores as vantagens que obtiver nos preços, sem visar a qualquer lucro para si.
Ele simpaticamente reclama que, muitas vezes, seus parceiros preferem degustar em sua casa algumas garrafas que também têm na casa deles. Talvez esse fenômeno esteja relacionado ao seu prazer em reunir um amplo círculo de amigos: “Vinho bom é para ser bebido – decreta –, de preferência com as pessoas que nos fazem bem”. Ele segue à risca essa norma, com a esposa em algum final de tarde, ou do começo da tarde ao final da noite de algum sábado com seus convidados.
Essas reflexões me vieram à mente quando, entre tantas, uma mensagem me despertou a atenção. Era algo como “compre os vinhos do melhor enólogo do mundo”. Remetia ao espanhol Benjamin Romeo, que passeia seu talento pela região de La Rioja e vez ou outra vem ao Brasil, trazido pela Estação do Vinho, responsável pela importação do que ele produz.
Certamente haverá quem concorde com ela ou discorde dessa qualificação. Mas independentemente do talento e da competência de Romeo, ser chamado de “o melhor enólogo do mundo” implica uma enorme responsabilidade. Talvez por isso seus vinhos cheguem ao Brasil com preços que começam em R$ 135,00 (Tempranillo Predicador Rioja 2006), passem pelos R$ 430,00 dos Tempranillo La Cueva Del Contador (safras de 2004 a 2007) e atinjam os R$ 1.710,00 do recém-chegado Contador Rioja 2007. E olhem que, no site da importadora, é bem maior a lista dos rótulos esgotados do que a dos disponíveis.
Ideais para degustar na adega de algum amigo, não?