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O preço justo para uma água mineral

dias recebi mensagem de Sérgio Lender, admirador das carnes da Na Brasa. Contava ele que esteve na filial daav. Nilo Peçanha e pagou prazerosamente os R$ 58,00 por pessoa, preço que guarda relação direta com a boaqualidade dos produtos oferecidos”. Pois bem. O que incomodou o leitor foi examinar a nota e verificar que umagarrafinha de água mineral custara R$ 5,30 (mais os 10%)”.

Entendo o reclamo, certamente não se tratava de uma Perrier, mas quanto deveria custar a tal garrafinha de água?Creio que em uma mesa na qual se bebem bons vinhos, a água deveria ser gratuita e permanentemente reposta,sem exigência de grife. E quando se consomem apenas refrigerantes e água, embora os copos sejam de cristal,toalhas e guardanapos de bom tecido, o serviço atencioso e tudo o mais, não tem o comerciante o direito deestabelecer valores mais elevados do que os usuais?

Questão chata de opinar. Seguidamente tenho bebido água mineral em restaurantes, quando preciso dirigir depois. Já vi exageros nos preços, percebi que não estava colaborando para elevar o tíquete médio da casa, compreendi. Não teria a mesma compreensão se falássemos de vinhos – acho odiosa e injustificável uma margem excessiva. E lembro que justamente a carta da Na Brasa estimula o consumo de vinhos, reduzindo o percentual na medida em que se opta por rótulos de preços mais altos.

Nunca esqueci o Plano Cruzado: o então presidente (sim, Deus sabe como, mas ele foi) José Sarney absurda e demagogicamente mandou prender Henry Maksoud: seu luxuoso hotel cobrava mais caro por um guaraná servido aos hóspedes do que a padaria da esquina. Tinha que respeitar a tabela de congelamento e ponto final.

E quanto à água mineral, quem tem razão?

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