Por séculos e séculos
Na primeira vez em que pus os pés em Paris, há uns 30 anos, um de meusobjetivos era conhecer Le Procope. É que pouco antes eu lera umaagradável matéria sobre o café e restaurante onde se refugiavampersonagens como Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir e, bem antes deles,La Fontaine, Benjamin Franklin,Victor Hugo, mais Voltaire, Danton, Marat e Robespierre. Sim, alguns doscérebros da Revolução Francesa eram frequentadores da casa, fundada em 1686.
Hoje os ambientes de Le Procope (foto) mantêm-se fiéis à sua história, inclusive no menu, repleto de clássicos daculinária francesa, valorizados por categorizada carta de vinhos. Costuma ter sugestões de entrada e prato principalpor 30 euros, mesmo preço de um prato de frutos do mar em porção individual (não é o caso da imensidão que estána foto 2). Para crianças, especial por 11 euros. Diariamente, das 11h30min até 0h, no número 13 da Rue del’Ancienne Comédie. Reservas: www.procope.com.
As lembranças de Le Procope me vieram outro dia, quando recebi um bonito material que intitulava um famosorestaurante de Madri como o mais antigo do mundo: Sobrino de Botín (foto), fundado em 1725 e reconhecido peloGuiness em 1987. Quem leu este texto desde o início já pode contestar tal condição, sem falar no Hundskugel (deMunique), que existe desde 1440 e o Tour d’Argent (Paris), fundado em 1582.
Mais antigo do mundo ou não – diferentemente do Guiness, acho que não é – no Sobrino de Botín tive o privilégio dedegustar um precioso cocchinillo, tenro e saboroso leitãozinho assado em forno a lenha. Há uma sugestão que incluigazpacho, uma porção de cochinillo, sorvete, pão, cerveja ou mineral e meia garrafa de vinho – custa 40 euros. Callede Cochilleros, 17. Reservas: www.botin.es