Perguntinhas de consumidor
Pergunta 1
Há coisas que me obrigo a comprar congeladas. Camarões, por exemplo. O visual sempre impressiona, eles são robustos, uma beleza. Até descongelarem: o tamanho se reduz drasticamente, o que era um quilo se transforma em 600, no máximo 650 gramas.
Assim como uma lata de milho verde traz o peso total e o drenado, os demais produtos industrializados informam o peso líquido de suas embalagens, por que não ocorre o mesmo com os frutos do mar congelados? Pagar R$ 100,00 por 40% de água significam uns R$ 150,00 por quilo. Fora o vexame: se você tiver convidados e não compensar essa perda, alguém vai ficar com fome.
Esse prato aí na foto eu preparei em casa, com camarões um tanto mais honestos – uns 25% de perda pós-descongelamento. E ainda tenho que achar bom.
Pergunta 2
E quanto aos brindes de final de ano?
Bem, já escrevi na seção Adega, mas nesta época vale repetir: não me conformo que nossos famosos espumantes não explicitem quais safras estão presentes em sua composição, nem ao menos o ano em que as garrafas saíram de suas caves.
Há exceções, mas a grande maioria finge que não tem importância, apenas especifica a tal “validade indeterminada”. Então experimente esquecer uma caixa sem identificá-la com a data de compra: lá na frente, ao servir, vai parecer um vinho branco tranquilo, sem nada de perlage. Ou seja: um espumante que não espuma.
Pergunta 3
Esta última perguntinha surgiu após vários dias nesta semana sem receber ou enviar mensagens pelo provedor Terra, que não presta qualquer satisfação nem atende telefone, apesar de cobrar bem mais do que a concorrência. Irá limitar-se a descontar das mensalidades o período sem prestação do serviço, como se os incalculáveis prejuízos dos consumidores se limitassem a isso?
O Ministério Público tem gente capaz de interceder pelo todo, de suscitar medidas capazes de obter penalizações, estas ao nível a que o descaso e a incompetência do Terra lançaram seus assinantes.