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O que vai ser da gastronomia

O que vai ser da gastronomia

Domingo me foi encaminhado um impecável texto em que, indignado, um conhecido advogado registrava o fechamento do Dado Pub Moinhos. Em anexo vinha essa foto, do momento em que o único carro na rua era do desalentado proprietário – Werner Siegmann –, que retirava objetos pessoais e dava adeus à casa, antes desativada em função da pandemia e agora definitivamente.
DADO PUB
Foram 20 anos ali, de um gastropub bem frequentado, resistente a diversas exigências da prefeitura, superestimados aluguéis e outras pressões, inclusive badernas promovidas em locais próximos – inevitável lembrar do Saint Patrick’s Day. O Applebee’s, do outro lado da rua, foi embora no dia seguinte a um desses “festejos”. Também se foram o Paris 6, a Banca 40 e outros mais. O pioneiro Café do Porto encolheu de tamanho e ainda não se encorajou a reabrir, ou seja, a Rua Padre Chagas e seus arredores perderam o charme e vários de seus bons comerciantes.

Na análise deste colunista, que há alguns anos constata e prevê o que agora a pandemia se encarregou de selar, outras baixas infelizmente virão. Essa história de beber e promover algazarra no meio da rua não pode seguir adiante. Não em Moinhos de Vento, na Cidade Baixa ou onde for.

Não se pode condenar a prudência de quem prefere não sair de casa ainda, ou as proibições de formar grupos maiores às mesas. Mas as condições de distanciamento estabelecidas inviabilizam os pequenos restaurantes, pesam demais no cotidiano financeiro dos grandes e prenunciam o fim de muitas operações.

A vida gastronômica da cidade após a pandemia vai mudar. Até mais do que já mudou.

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