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Gre-Nal: veremos o mesmo filme amanhã?

Ainda que ocorram mudanças pontuais nas escalações, não creio que Hellmann ou Portaluppi apareçam com surpresas capazes de alterar o equilíbrio hoje existente entre suas equipes. As defesas de ambos andam quase impenetráveis, os volantes e meio-campistas as ajudam, cobrem algum lateral nem tão brilhante, mostram rapidez e verticalidade quando têm a bola. Os atacantes, bem, bastaria citar Nico e Everton, lembrar o potencial de Guerrero e a recuperação de André para continuar achando: o Grenal se decide em algum lampejo, ou o equilíbrio permanecerá no placar.

Sem falhas, sem gol

Se os defensores e muito especialmente os goleiros não falham, não tem gol. Domingo, Paulo Victor, Geromel, Kannnemann, Lomba, Moledo e Cuesta – não necessariamente nessa ordem de destaque – foram impecáveis o jogo todo. Assim, até caras como Everton e Guerrero, capazes de farejar os caminhos do gol a quilômetros de distância, passaram em branco. O Grenal me empolgou em raros momentos, não foi um mau jogo, mas nada decidiu. Há um levíssimo favoritismo do Grêmio, porque amanhã jogará em casa. Só isso, porque o prognóstico, esse permanece difícil.

Aonde nos levam as fórmulas

Vejam esses números: o Grenal teve 45 mil torcedores no Beira-Rio e R$ 2,3 milhões de renda; Cruzeiro e Atlético-MG reuniram 51 mil no Mineirão; São Paulo e Corinthians teve torcida única (58 mil) no Morumbi e R$ 6,35 milhões no caixa. Ótimo. Mas duvido que 5% dos interessados em futebol no Rio de Janeiro conheçam a absurda fórmula do campeonato de lá. Para piorar, os clubes não se entendem sobre qual espaço ocupar no Maracanã. Resultado: Flamengo e Vasco, que detêm as duas maiores torcidas, mal reuniram 10 mil pessoas na semifinal, no Engenhão. Pode?!

O VAR também erra

Sem tomar partido de Inter ou de Grêmio sobre lances do Grenal, me atrevo a dizer que Vuaden e o VAR foram bem. Aí, no pós-jornada do SporTV, viu-se um pênalti sobre o corintiano Henrique, já nos acréscimos, em que o VAR foi acionado. Após intermináveis cinco (sim, cinco!) minutos com o Morumbi inteiro em suspense – imaginem as pessoas em casa –. Veio a conclusão: havia impedimento de Vagner Love na jogada. Um erro crasso: o comentarista Paulo César de Oliveira, irmão do árbitro do jogo, mostrou que o pênalti ocorreu antes de a bola chegar em Love. Era bola na cal – e não foi.

Pitacos

*** Onde foi parar a revelação Charles Leclerc no GP da China? Ora, em quinto lugar. Isso que, por ordem da Ferrari, ainda deixou-se ultrapassar por Vettel. Ele é muito bom, logo chegará a uma vitória.

*** O Ju passou pelo Botafogo e por toda a sua tradição, reforçando significativamente o caixa do clube. Se for adiante – e tem bola para isso – resolve o orçamento do ano.

*** Flagrado pela Corinthians TV xingando o árbitro Raphael Claus longe do campo de jogo, atacante Clayson vai a julgamento. Não é uma demasia? Afora a burrice de quem editou essas imagens – autêntico gol contra.

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