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Assalto na orla do Guaíba

Nestes meus quase 46 anos escrevendo sobre gastronomia, duvido que em algum momento tenha reclamado de preços. Posso achar caro um vinho de US$ 100,00, mas basta escolher outro na carta, certo? Que uma garrafa de mineral custe R$ 6,00 na mesa de um bom restaurante se compreende: quantos custos estão embutidos nisso, do aluguel aos empregados, dos impostos aos copos de cristal, da decoração aos guardanapos e toalhas de tecido?

Pois domingo fomos cedinho caminhar na orla do Guaíba, um projeto da equipe de Jayme Lerner, que arremessa Porto Alegre à altura de civilizadas capitais do mundo com o privilégio de um rio para chamar de seu. Após uma hora de esforço ao sol, com os bonitos restaurantes credenciados ainda dormentes, resolvemos beber água mineral em um dos ambulantes que, em grande número, se instalaram às margens da avenida.

Acredite: a garrafinha de 500 ml, encontrada nos mercados por menos de R$ 1,00, custou-nos R$ 5,00, para beber em pé, no meio da rua!

Essa gente tão esperta tem custos ínfimos para cravar suas banquinhas no espaço público, nada justifica essa espoliação. Pior: a prefeitura certamente não ignora o que ocorre, deveria simplesmente remover os gananciosos, a exemplo do que fez com os flanelinhas, que não mais são vistos no local. E ainda ouvimos de dois indignados ciclistas: ali na outra banca custa R$ 6,00!

Prefeitura, socorro!

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