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Ana López Lidon

Ana López Lidon

Ela é enóloga e gerente de exportação da Vinícola Gramona. Há alguns anos,formada em química, mas trabalhando na área de informática, decidiu fazer um curso de especialização – acabou optando por elaboração de vinhos. Na faculdade desenvolveu um profundo interesse pelo assunto, o que levou um dos professores a convidá-la a trabalhar na vinícola de sua família, a Gramona. Aceitou, ocupou várias funções até assumir o atual cargo, que a leva a viajar pelo mundo. Há uma semana, no restaurante Orquestra de Panelas, dividiu mesa com o editor deste site e os jornalistas José Antonio Pinheiro Machado e Paulo Renato Rodrigues. Foi quandrespondeu simpaticamente as perguntas desta seção.

 

  1. O Freixenet está entre os cavas mais populares no Brasil, já os Gramona são uma quase absoluta novidade para o público. Por quê?

Nossa vinícola fica a 500 metros da Freixenet, com a qual temos boas relações, mas os produtos são totalmente diferentes. Eles comercializam milhões de garrafas, nós preferimos limitar a produção aos números permitidos por nossa rigorosa exigência de qualidade. Gostamos de observar cavas descansando nas leveduras, alguns por quatro, outros por seis, oito anos. Os processos de remuage e dégorgement são inteiramente manuais, avalie o tempo neles despendido. Nosso licor de expedição, por exemplo, tem mais de 100 anos.

  1. Mais de 100 anos, mas esse licor é inesgotável?

Certamente não, a cada ano a reserva de licor recebe uma complementação do melhor de nossa produção, recuperando a litragem antes armazenada em um sistema de soleras. A receita do licor de expedição é segredo mantido em cofre, conhecido por apenas um membro da família Gramona, que já completou 75 anos de idade e a irá repassar, quando entender adequado, a somente um sucessor. Os vinhos tranqüilos, esses descansam no mínimo 18 e até 60 meses nas garrafas.

  1. Em que percentuais se divide a produção da Gramona, entre cavas e outros vinhos?

Aproximadamente 50% para cavas, outro tanto para vinhos brancos e de sobremesa, já que não elaboramos tintos. A maior parte da produção é consumida na Espanha, mas precisamos atender a mercados de todo o planeta. Isso me leva a viajar quase permanentemente, semana passada estava em Dubai, de lá vim para o Brasil. Estimo que a cada ano eu complete duas voltas ao mundo, em visitas aos importadores.

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