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Agora, a Libertadores

O Grêmio recebe amanhã o Monagas, cuja única credencial é ser um simpático clube de um país tão sofrido como a Venezuela. Lá, é o 17º no campeonato, com uma vitória em nove jogos. Ou seja: chego a ter pena do que o Tricolor possa fazer com esses venezuelanos, que em sua estreia na Libertadores, em casa, levaram 2 a 0 do Cerro Porteño. Este, pela tradição do futebol paraguaio, deve ser o único adversário a disputar a liderança da chave com os gaúchos. Aliás, esse grupo – que inclui o modesto Defensor – é a maior moleza do torneio.

Por uma infantilidade

O Grêmio não tem culpa de nada, até acho que Daronco acertou ao expulsar o ingênuo Éder. Pena que a situação estragou a final do Gauchão. O Brasil vinha bem no jogo, sustentando firmemente uma luta em tese desigual, sabendo que se sofresse um gol abriria a porteira. Com dez em campo, bastaram dois minutos no segundo tempo para o Tricolor desmanchar os planos de Clemer. Levasse um empate a Pelotas, as chances seriam boas. Com 4 a 0 na bagagem, qualquer vitória em casa será uma despedida honrosa ao Xavante. Porque o campeonato, bem, esse já acabou.

Nosso sufocante calendário

Sabia que o Palmeiras joga hoje pela Libertadores? E que domingo decidirá o Paulistão contra o Corinthians? Pois é. O Grêmio, com uma vitória categórica no primeiro jogo do Gauchão, está sossegado à espera do Monagas. No mesmo horário, Cruzeiro e Vasco, ambos lutando por título em seus regionais, enfrentam-se pela Liberta. Mesmo com todas as fórmulas mirabolantes dos estaduais – há uma, a do Rio de Janeiro, que beira a imbecilidade –, eles ficam espremidos entre competições mais valorizadas, com poucas datas e raras emoções. Que calendário esse nosso!

Com tempo para tudo

Não que ficar treinando enquanto outros disputam o título seja o ideal. Mas foi o que restou ao Inter, precocemente eliminado do Gauchão por seu maior rival. Agora é tempo de aproveitar a pausa e colocar a casa em ordem. Odair Hellmann ganhou duas semanas sem matar seu leão diário, preparando-se para encarar as alcateias que virão. Repito que a Copa do Brasil é a meta mais importante – nela, pelo regulamento, a zebra seguidamente aparece. No Brasileirão, em pontos corridos, a chance de o Inter chegar ao título é mínima, o máximo seria uma vaga na Libertadores.

Pitacos

Jael continua crescendo. E a mim, surpreendendo. Como já disse aqui, sua minguada técnica me lembra de Damião ao início da carreira. Tomara que o nove do Grêmio não decaia, mas evolua sempre. *** A torcida xavante estará no Bento Freitas domingo? Lotar o – por enquanto – pequeno estádio, seria uma justa recompensa à bonita campanha que o time fazia, até sofrer atropelamento na Arena. *** Carpegiani aceitou ser uma espécie de diretor do futebol do Flamengo. Já que não conseguiam outro. acabou assumindo como técnico, um tanto contrariado. Após três meses está sem cargo algum. Pode?

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